Sunday Maio 5, 2024
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Gentileza Vaticano

“Uma monstruosidade.” É assim que o Papa Francisco vê os abusos sexuais praticados por membros da igreja católica. E ainda que veja uma “cultura abusadora” generalizada na sociedade – nos filmes pornográficos, no seio das famílias – e que recuse relacioná-los com o celibato dos padres, garante ser “responsável de que não volte a acontecer”. “Um sacerdote não pode continuar a ser sacerdote se é abusador. Não pode. Porque é doente ou um criminoso, não sei. O sacerdote existe para encaminhar os homens para Deus e não para destruir os homens em nome de Deus. Tolerância zero. E tem de continuar a ser assim”, afirmou, em entrevista à TVI/CNN Portugal. o papa Francisco considera repugnante o facto de o abuso no seio da família continuar a ser encoberto . Não me lembro bem da percentagem, mas penso que são 42% ou 46% dos abusos que ocorrem na família ou no bairro. E isso esconde-se”, completou. Família, desporto, escolas. O Papa enumerou os locais onde diz haver mais casos de abusos sexuais do que na igreja, mas não desvalorizou estes: “Nem que fosse 1%, é uma monstruosidade. (…) Tudo isto existe mas fixo-me nestes e sou responsável de que isso não volte a acontecer.” Quanto a quem acredita que o celibato dos padres motiva os abusos, o Papa Francisco rejeita essa visão: “Não é o celibato. O abuso é uma coisa destrutiva, humanamente diabólica. Nas famílias não há celibato e também ocorre. Portanto, é simplesmente a monstruosidade de um homem ou de uma mulher da igreja que está doente em termos psicológicos ou é malévolo e usa a sua posição para sua satisfação pessoal. É diabólico”. “Eu sofro com casos de abuso que me apresentam. Sofro mas é preciso enfrentar isso”, conclui.

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