PRESIDENTE DO CNJ ANUNCIA MODALIDADE DE “RENDA URBANA” NA VIDA PACÍFICA
NOVO DIRECTOR DE FISCALIZAÇÃO DE VIANA ACUSADO DE ESTAR ENVOLVIDO EM ESQUEMA DE USURPAÇÃO DE TERRENOS

João Mateus, director de Fiscalização da Administração de Viana, a mês e meio à frente do departamento de fiscalização, já está a ser acusado de, supostamente, integrar o esquema de usurpação de terras no projecto Mizangala, nomeadamente no terreno das empresas do grupo Bel House e na Vila Pacífica, em colaboração com dois técnicos da DMIOTH identificados apenas por arquitecto Mário e o topógrafo Ngola.
Por: Matias Miguel
Elias José, coordenador do projecto Mizangala, da ala dos camponeses, recorreu ao NA MIRA DO CRIME
para denúnciar o esquema de usurpação montado pelo novo director de Fiscaliazção de Viana e pares.
De acordo com o denunciante, às 13horas de quinta-feira, 04 de Julho, foram surpreendidos por uma comitiva que integrava agentes da Polícia, o director de Fiscalização de Viana e dois técnicos da DMIOTH.
Continuando, explicou que “nós temos um acordo assinado e rubricado pelo administrador adjunto de Viana para a Área Técnica, Dr Edson Noy, que nos concede 43 hectares dos 120 que detínhamos como lavras. Nesta senda, estamos a desenvolver um projecto de construção de casas da tipologia T3, concebido, autorizado e orientado pela administração”, pelo que “não se justifica o director da Fiscalização vir ao nosso espaço demolir duas bases, alegando que transcendemos os limites, o que não é verdade. Se fosse o caso, ter-nos-iam convocado, uma vez que temos rosto, estamos bem localizados e permanentemente presentes no espaço”.
Mas as façanhas de José Mateus não ficam por aqui, o responsável do grupo empresarial Bel House, assim como os anciãos António Francisco Adriano de 68 anos de idade, Lopes Vieira de 77 anos e mais 4 municípes, viram os seus terrenos usurpados por abuso de poder do director de Fiscalização de Viana.
Ngola usa e abusa o nome do administrador para mentir
De acordo com Elias José, “o Ngola (topógrafo) está aqui todos os santos dias; ele é que se encarrega de fazer arruamentos, com uma máquina pesada, no espaço que supostamente seria para a Juventude; é visto com uma senhora, segundo ficamos a saber, ela é a suposta dona do espaço situado no limite entre os camponeses e o espaço da Juventude, que são qualquer coisa como meia dúzia de jovens beneficiados”.
Para o coordenador do projecto Mizangala, Ngola é um “cara de pau”, que ainda “veio cá nos mentir dizendo que vem a mando do Sr. administrador Demétrio Sepúlveda, fazer limpeza no espaço e retirar cerca de 200mx40m; falo com propriedade, testamos a informação dele e notamos que era tudo mentira, nós temos ligação com o administrador”, acusaram.
Bases destruídas avaliadas em mais de dois milhões de Kwanzas
O interlocutor adiantou ao NA MIRA DO CRIME que as duas bases que foram destruídas estão avaliadas em dois milhões e seiscentos mil Kwanzas e pertenciam a duas idosas abrangidas no projecto, o que torna muito difícil elas prosseguirem com as suas obras porque a construtora desistiu de financiar.
Para terminar, Elias José deixou um aviso ao administrador municipal de Viana, frisando que “este projecto Mizangala que supostamente consiste em distribuir terreno para os jovens é uma farsa; digo isso como coordenador dos Camponeses e porque acopmpanho de perto a realidade. O senhor admninistrador deveria ir ao terreno ver com os próprios olhos a situação e os limites; esse núcleo de usurpadores estão a enganá-lo descaradamente”, afirmou.
Contraditório
O repórter NA MIRA DO CRIME contactou via telefone o director de Fiscalização de Viana que não aceitou prestar qualquer esclarecimento, limitando-se a referir, por mensagem, “vão contactar a Administração”. Insistimos junto do gabinete de Comunicação e Informação, mas o seu director, do vai falar não passou.
Fonte: namiradocrime.info