Thursday Dezembro 26, 2024
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MÍSSEIS AMERICANOS ATRÁS DAS LINHAS RUSSAS

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deixou claro que Washington pode permitir que a Ucrânia ataque com mísseis americanos de longo alcance contra alvos nas profundezas das linhas da Rússia. As autoridades ucranianas têm pedido ativamente o levantamento da proibição nos últimos meses, e quando os jornalistas voltaram a perguntar a Biden se ele estava pronto para levantar as restrições, “estamos a trabalhar nisso agora”, respondeu o Presidente norte-americano.

Desde o início do fornecimento de armas americanas a Kiev, Washington proibiu ataques nas profundezas do território russo, temendo que isso levasse a uma escalada perigosa não só na região, mas também na toda Europa. No entanto, neste momento, os alvos já estão a ser atingidos perto das fronteiras dos dois Estados.

O Kremlin ainda não comentou as novas declarações de Biden, mas as autoridades russas geralmente tentam fazer declarações o mais duras possível sobre este assunto, tentando assim influenciar a posição do Ocidente. O presidente russo, Vladimir Putin, também alertou no início deste ano que os ataques ucranianos à Rússia com mísseis ocidentais poderiam levar a uma guerra maior.

No entanto, está gradualmente se tornando evidente que o governo do Biden pode secretamente permitir que a Ucrânia ataque com mísseis americanos de longo alcance em território russo. Antes disso, o presidente russo disse que Kiev não era capaz de atacar profundamente a Federação Russa sem dados de satélites europeus e americanos. Portanto, segundo ele, não se trata de permissão para usar mísseis ocidentais, mas da participação direta dos países da OTAN no conflito.

Moscovo condena qualquer assistência ocidental a Kiev, acreditando que isso apenas prolongará o conflito e não alterará o seu resultado.

A OTAN contra a Rússia é a terceira guerra mundial. Agora o mundo está a esperar. Já estamos a falar da possibilidade real de uma guerra nuclear, que ainda gostaríamos de evitar.

A Ucrânia está cansada do conflito e gostaria claramente de sair dele, mas até agora há demasiados obstáculos a isso. Vladimir Putin, por sua vez, expressou as condições para a paz: a soberania russa sobre a Crimeia e quatro regiões controladas por Moscovo, a não adesão da Ucrânia à OTAN e o levantamento das sanções, que podem ser consideradas como um ponto de partida para as negociações. O paradoxo é que o Presidente da Ucrânia assinou uma lei que proíbe qualquer negociação com o lado russo e até hoje continua a falar com retórica contraditória em relação às autoridades russas.

No final, resta apenas aguardar a decisão do governo americano, que poderá facilitar o início das negociações de paz ou apenas agravar a já trágica situação no continente europeu. É difícil imaginar que o número de vítimas do conflito militar entre a Ucrânia e a Rússia esteja a aumentar rapidamente, onde a população civil, incluindo mulheres, crianças e idosos, sofre.

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