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ADMINISTRADOR DE VIANA PENALIZA MORADORES DA VILA ALEGRE POR CAUSA DE VENDEDORES DE ÁGUA 

Moradores do bairro Vila Alegre, no distrito urbano do Zango, acusam o administrador municipal de Viana de estar a penalizar, sem culpa, mais de 500 moradores locais, por ter encerrado, sem apelo nem agravo, a rua que dá acesso às suas moradias

Por: Matias Miguel

Geronimo Candongo, Coordenador do Bairro da Vila Alegre no Distrito do Zango, lança o grito de socorro ao Demétrio de Sepúlveda, administrador municipal de Viana, que supostamente mandou encerram a rua um, também chamada “Filadélfia do Canal”, no bairro Vila Alegre, com três grandes blocos de betão, para impedir o trânsito dos camiões-cisternas de transporte de água por, alegadamente, estarem a danificar a mesma.

A medida do administrador não teve em conta possíveis transtornos que criaria aos moradores e, passados mais de 11 dias, os cidadãos estão a enfrentar enormes dificuldades no dia-a-dia: “estamos há mais de 11 dias que não conseguimos sair de casa com as nossas viaturas, porque o administrador de Viana encerrou a única rua que nos dá acesso à Via Expressa por causa das empresas que vendem água”.

O coordenador do bairro Vila Alegre, no distrito urbano do Zango, Gerónimo Candongo, explica que desde o dia 20 de Julho que o administrador municipal de Viana, acompanhado por uma comitiva, mandou encerrar a rua com três grandes blocos de betão, “sem que a população fosse tida ou achada, tudo porque, segundo alegações, as viaturas de transporte de água estão a danificar a rua um, sem levar em consideração as pessoas que aqui vivem”, disse ao NA MIRA DO CRIME.

Segundo o coordenador, “o povo não tem nada a ver com isso, exigimos que nos abram a rua, agora somos obrigados a dar uma enorme volta para chegarmos às nossas casas e com o perigo à espreita de sermos assaltados”.

Prosseguindo, Gerónimo Candongo refere que se o objectivo era penalizar as empresas que têm girafas e comercializam água, “então foi mal pensado, porque as girafas continuam a facturar, ficaram fechadas apenas uma semana, arranjaram alternativas e, como se pode ver, eles estão a facturar, o coitado do povo é que está a sofrer”.

A maior parte dos residentes da área sobrevive do cultivo e venda de plantas, pelo que, com a rua encerrada, as suas condições de vida estão cada vez mais difíceis.

A população teme que a medida do administrador só está a fomentar outros problemas tais como mais desemprego, prostituição e aumento da delinquência.

“Já nos dirigimos à Administração do distrito do Zango em carta, para vermos o problema resolvido mas nem com isso. Aproveito a vossa presença para fazer um apelo ao Sr. administrador de Viana e dizer que as empresas detentoras de girafas não podem prejudicar o povo, essas empresas são autorizadas por eles, então que criem mecanismos adequados, mas o povo não pode pagar por um mal que não cometeu; o povo não tem nada a ver”, observou.

Fonte: namiradocrime.info

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