Friday Outubro 18, 2024
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CAROLINA CERQUEIRA CONSIDEROU QUE A PRESENÇA DO PRESIDENTE DE TIMOR-LESTE SERVE DE GRANDE REFERÊNCIA

Líder do Parlamento destaca amizade e união entre angolanos e timorenses. A visita do Presidente de Timor-Leste representa um exemplo da amizade fraternal e dos valores que unem os dois povos, desde o passado comum de luta contra o colonialismo e a conquista da Independência, afirmou segunda-feira, em Luanda, a líder da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira.

Ao discursar na Sessão Solene, no Parlamento, em alusão à visita de Estado do Presidente José Ramos-Horta a Angola, a líder da Assembleia Nacional sublinhou que a presença do estadista timorense serve de referência para o caminho escolhido, como legítimos e exímios representantes do povo soberano de Timor-Leste e, acima de tudo, defensores intransigentes dos Direitos Humanos.

“Sua Excelência personifica uma vida inteira de entrega a uma causa nobre, que move as almas de homens íntegros, homens do mundo, que se sobrepõem às próprias vontades, consentindo sacrifícios incomensuráveis, para personificar a Humanidade”, referiu Carolina Cerqueira.

A presidente da Assembleia Nacional considerou José Ramos-Horta um “artífice de grande qualidade na tecelagem de relações entre os povos e Estados”.

A líder parlamentar sublinhou que o Parlamento angolano se orgulha de ter uma representatividade geracional e de género jamais alcançada, sendo a referência da visão de inclusão política da juventude e das mulheres nos órgãos de tomada de decisão, fruto de iniciativas promovidas pelo Presidente João Lourenço em todos os sectores da vida política, económica e social.

O Titular do Poder Executivo, referiu Carolina Cerqueira, tem encorajado a participação de todas e todos por uma Angola melhor, economicamente forte, socialmente justa e desenvolvida, sobretudo, no seu papel de Chefe de Estado angolano pela paz, principal alicerce da democracia e do Estado de Direito, mérito que lhe valeu o título de Campeão da Paz da União Africana.

“E é certo que os desafios que Angola enfrenta na consolidação da paz e da democracia são imensos. Por isso, a luta pelo desenvolvimento, dignidade da pessoa humana, primado do direito e a igualdade de oportunidades são a nova obrigação que a todos vincula”, acrescentou.

Carolina Cerqueira disse, ainda, que essa é, também, “uma lição que aprendemos com o exemplo de Timor-Leste, sobre os valores que nos unem”, enquanto factores de aproximação e de reforço da cooperação entre os nossos países irmãos, para que os deputados desenvolvam esforços a nível da AP-CPLP e através da União Interparlamentar Mundial, para reforçar a Cooperação Parlamentar angolano-timorense, através de grupos de amizade e de identificação das áreas comuns de cooperação.

“Unem-nos, além de uma língua comum, os valores democráticos e o objectivo de construção de sociedades plurais, inclusivas, abertas e livres, objectivos que estiveram na base do reconhecimento da República Democrática de Timor-Leste como Estado Livre e Independente, pelo então Presidente da República de Angola, o malogrado José Eduardo dos Santos, cuja partida para a eternidade completa hoje (ontem), 8 de Julho de 2024, dois anos, inclinamo-nos à sua memória”, ressaltou a líder parlamentar.

Memórias de Timor-Leste

Carolina Cerqueira lembrou, ainda, que foi durante os mandatos de José Ramos-Horta que o mundo tomou consciência da repressão da Indonésia contra Timor-Leste, em especial devido ao apoio concertado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde se destaca o importante papel do povo angolano e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), tendo José Eduardo dos Santos demonstrado sempre a amizade e apoio solidário a favor da autodeterminação do povo timorense e da luta pela Independência da República Democrática de Timor-Leste, junto do Sistema das Nações Unidas e de outras organizações internacionais.

Timor-Leste, prosseguiu a presidente da Assembleia Nacional, comemorou em Maio passado 22 anos de Independência, ao passo que Angola celebrou, em Abril deste ano, os mesmos anos de paz, sublinhando que as datas representaram o culminar de caminhos que tiveram tanto de sofrimento e de dor, assim como de coragem e de esperança.

“Nos momentos mais sombrios, a luta pela autodeterminação do povo timorense representou um exemplo de grandeza da Nação e de resiliência de um povo que sempre lutou para manter acesa a chama da liberdade, como foi reconhecido pelo Papa Francisco, em 2014, quando disse que “Timor-Leste, o Céu resgatou-te, para que te abras ao Céu”.

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