Tuesday Maio 21, 2024
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ANGOLANOS CONSTERNADOS PELA MORTE DO ARCEBISPO EMÉRITO DO HUAMBO D. FRANCISCO VITI.

D. Francisco Viti, Arcebispo emérito do Huambo, morreu ao princípio da noite de sábado (15/04), no Hospital Cardeal Alexandre do Nascimento, em Luanda, onde esteve internado desde Fevereiro último, após sofrer um acidente de viação, por despiste e consequente capotamento da viatura em que seguia, no troço Chicala – Cholohanga/Huambo, quando regressava de uma missão pastoral, na diocese de Menongue (Cuando Cubango), por sinal sua primeira diocese como Bispo.

No sinistro, contraiu ferimentos graves e foi, em função do seu estado clínico, transferido, de imediato, para o Complexo Hospitalar Cardio-Pulmonar Cardeal D. Alexandre do Nascimento, tendo sido, dois dias depois, submetido a uma intervenção cirúrgica craniana.

Aos 89 anos de idade, D. Viti, “o poliglota”, como era carinhosamente tratado por muitos termina a sua peregrinação na terra e parte para junto do Pai.

D. Estanilau Marques Chindencassi, Vice – presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) destacou o legado de D. Viti, homem de cultura e leitura.

Do Huambo chega – nos a reacção da governadora da província, Lothi Nolika diz que partiu um pai na fé e um construtor da paz e da reconciliação entre os angolanos.

Natural de Misasa – Evanga, na província de Benguela, D. Francisco Viti nasceu a 15 de Agosto de 1933. Fez a sua formação sacerdotal no Seminário Menor do Quipeio, também, conhecido por Seminário Menor da Caála e no Seminário Maior do Cristo Rei no Huambo, com cursos de Filosofia e de Teologia.

Foi ordenado sacerdote a 14 de Julho de 1963 na Sé Catedral do Huambo e consagrado Arcebispo a 28 de Setembro de 1975, na província do Huambo.

Fundador da Diocese de Menongue, onde trabalhou durante 11 anos, foi depois, em Setembro de 1986, nomeado como arcebispo do Huambo, onde exerceu as funções por 17 anos.


Especializado em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Teologia Pastoral, pela Universidade Católica de Paris, já foi membro do conselho permanente da CEAST e da delegação angolana na Conferência Episcopal dos Bispos Católicos da África Austral (IMBISA).

Para além do português e do umbundu, falava, também, inglês, italiano, latim, espanhol e  francês.  

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