Friday Novembro 22, 2024
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A CUSTO ZERO OMATAPALO APOIA GOVERNO DE LUANDA NA RETIRADA DOS ESCOMBROS DO PREDIO 76.

Os Camiões e maquinas que participaram na retirada dos escombros do prédio que desabou em  Luanda, todos os meios é da empresa que ultimamente sofreu criticas de vários analistas e activistas. Uma fonte junto da OMATAPALO confidenciou a Rádio Casimiro que a Omatapalo é uma empresa Angolana que sabe quais são os seus deveres sociais . Frisou ainda que devem  estar sempre ao lado do Governo e dos Angolanos nas boas e nas más circunstâncias. Nesta feita tão logo a direcção da OMATAPALO tomou conhecimento do desabamento do edifício colocaram a disposição do governo provincial de Luanda, homens, maquinas e camiões para trabalhar na retirar dos escombros em 48 horas. E tudo voltou a normalidade nesta avenida com a apoio dos Bombeiros, Policia, governo local e a mão solidária da empresa OMATAPALO.

A pronta evacuação dos moradores para unidades hoteleiras, assumida pela empresa proprietária do prédio, teve inicio às 15h00 de sexta-feira e visou salvar vidas humanas. 

Governo de Luanda

Em comunicado, o Governo Provincial de Luanda informou, ontem, que o desabamento foi em consequência do esgotamento da capacidade resistente dos elementos estruturais do edifício.

A nota refere que o prédio de seis andares, em que habitavam 18 famílias, pertencia ao Fundo de Investimento Imobiliário (Fundinvest), cujas anomalias foram recentemente comunicadas pela comissão dos moradores do edifício.

 Alguns vídeos partilhados nas redes sociais demonstram os últimos momentos do edifício ainda intacto, mas com claras evidências de que desabaria a qualquer instante, tendo em conta que os pilares de suporte estavam a ceder.

Cerca de dez segundos antes do edifício desabar, ainda foi possível assistir a saída de uma mulher. Depois instalou-se uma forte nuvem de poeira.

Num outro vídeo, foi possível ouvir uma mulher aos prantos, ao alegar que tinha a mãe dentro do edifício, mas nada desse alerta foi confirmado pela equipa de serviço de bombeiros.

Importa referir que o diagnóstico precoce possibilitou que as 18 famílias que moravam no prédio fossem transferidas oportunamente e em segurança, depois das 15h00 de sexta-feira, ter se registado sinais de desabamento. Algumas famílias foram postas em unidades hoteleiras, outras preferiram ficar em casa de parentes.

Engenheiro esclarece causas da fissura

Na ocasião, o engenheiro civil Edmundo Sapalalo, da empresa Vias do Bem, contratada pelo proprietário do edifício para fiscalizar a estrutura, contou que fez parte da equipa que diagnosticou, na última quinta-feira, tendo constatado fissuras acentuadas nos pilares, paredes e lajes.

Em função destas anomalias, alertou ao proprietário do edifício, para evacuar os moradores, porque o prédio apresentava sinais claros de demolir a qualquer momento.

“Recebemos a resposta do proprietário que notificou outras empresas de apoio e alegou não ser necessário evacuar as pessoas, pois fariam reforço com perfis”, disse.

O engenheiro considerou que a falta de manutenção e algumas alterações no edifício fizeram impactar o período de vida do prédio, acrescentando a isso o acréscimo de mais um piso na zona do terraço e a retirada de um pilar no interior como causas do desabamento.

Destacou que o tempo de vida útil de um edifício, normalmente é de 50 anos, mas este já estava com quase 70, o que agravou a situação por causa das alterações feitas.

Outro problema apontado por Edmundo Sapalalo tem a ver com infiltrações, que atacaram o esqueleto da estrutura como o aço. “Este material, em contacto com a água, provoca corrosão metálica e desfaz o betão armado.

  Moradores pedem maior fiscalização e manutenção regular de prédios

Alguns moradores desolados, pediram que haja maior responsabilidade dos proprietários de edifícios na fiscalização e manutenção, bem como a serem célres na resolução de problemas pontuais identificados.

Délcio Mateus, morador do prédio, há de 25 anos, confirmou que quando a fissura foi identificada, num dos pilares, procurou-se entrar em contacto com o Fundinvest, mas esta apenas mandou uma equipa no terreno para avaliar o imóvel, mas sem sucesso.

“O prédio deu os primeiros sinais de ruir, a partir das 15h00 desta sexta-feira, altura em que mobilizamos os moradores para evacuar o edifício, contactamos a administração, Polícia Nacional e bombeiros, que atempadamente estiveram no local”, revelou.

O jovem descreveu que cada andar, com excepção do último, tinha três apartamentos, onde viviam 18 famílias, todos evacuados, daí acreditar que não tenha moradores nos escombros.

Em relação ao alojamento, Délcio Mateus confirmou que a maior parte dos moradores preferiu ficar em casa de familiares.

Igor de Sousa,  morador nas proximidades,  descreveu que uma hora antes do desabamento estava no edifício, onde entrou para retirar alguns documentos do tio que residia nele.  Avançou que, nessa altura, havia pessoas no terceiro andar a tirar roupas. “Tinha ainda duas moças e um senhor. Uma delas estava com o filho ao colo, segundos antes do edifício desabar”.


  Ruptura na tubagem fez desabar o prédio

Um comunicado emitido, ontem, pelo Fundo de Investimento Imobiliário (Fundinvest) informou que de acordo com um relatório do Laboratório de Engenharia de Angola, o desabamento do edifício 76-78, foi causado por uma ruptura da tubagem nas redes de distribuição de água do prédio vizinho, que contribuiu para a perda da capacidade de suporte do solo de fundação.

De acordo com o comunicado do proprietário do edifício, os moradores foram evacuados a tempo, com o devido acompanhamento das autoridades competentes.

Refere, ainda, que os moradores eram, na sua totalidade, inquilinos e já foram temporariamente realojados.

O Fundinvest é um organismo de investimento colectivo, devidamente constituído e realiza actividades de acordo com as regras e a supervisão da Comissão do Mercado de Capitais, sendo que o seu objectivo é garantir a titularidade de activos imobiliários em benefício dos seus participantes.

  Direcção de Infra-estruturas alerta sobre alterações

O director nacional de Infra-estruturas Urbanas, Fernando Francisco, revelou que existem muitos edifícios no país com sinais avançados de degradação, o que representa um perigo eminente de desmoronamento a qualquer momento.

Fernando Francisco explicou que a falta de manutenção dos prédios construídos no tempo colonial e nas novas urbanizações, por causa da infiltração de água e alteração da estrutura por parte dos moradores são algumas causas que estão a acelerar a degradação de muitos edifícios no país.

No caso de Luanda, o director nacional avançou que vários edifícios estão em situação de degradação, tendo anunciado que decorrem trabalhos para acautelar que o edifício adjacente ao que ruiu sábado não tenha o mesmo fim.

O coordenador da Associação Habitat, Rafael Morais, referiu que a queda desse edifício deve servir de alerta para a necessidade de manutenção de vários outros prédios construídos no tempo colonial.

Este trabalho de manutenção ajudaria a prevenir a problemática da filtração de água nos apartamentos que estão mais abaixo. Por isso, avançou que o Ministério das Obras Públicas, Construção e Habitação deve criar condições que obriguem o respeito da manutenção dos edifícios.

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