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ELEIÇÕES GERAIS DE 2022: EXCLUSÃO DE OVÍDIO PAHULA DA LISTA DE DEPUTADOS DO MPLA GERA DESCONTENTAMENTO NO SUL DO PAÍS 

Professor-Dr.-Ovideo-Pahula
Professor Dr. Ovídeo Pahula foi excluído da lista de candidatos a deputados do MPLA para o mandato 2022-2027. (DR)

O facto do professor doutor Ovídio Pahula ter sido excluído da lista de candidatos a deputados do MPLA para o mandato 2022-2027 continua a criar muita celeuma em muitos círculos da província do Cunene. Jovens e veteranos do partido na região estão com os cabelos eriçados e incrédulos com a omissão do nome de Pahula supostamente por orientação expressa da actual governadora provincial Gerdina Didalelwa.

Gente de diferentes matizes, incluindo autoridades tradicionais, refere em síntese que retirar Ovídio Pahula da lista de deputados do maioritário para o próximo mandato é tentar silenciar uma voz que muito tem feito em prol da defesa dos interesses da população do Sul do país.

“A lista acabou por ser surpreendente por não constar gente impactante como o Professor Doutor Ovídio Pahula”, referiu Manuel Carvalho Finde, um antigo habitante de Ongiva visivelmente agastado.

Considerando que “a província precisa de ter pessoas com capacidade de dar resposta à problemática da seca e ao roubo de gado”, esse estudante de direito refere que acompanha há muito o desempenho de Pahula, lembrando que “é dele o artigo científico sobre o roubo de gado que acabou por fazer parte do código penal angolano”.

A lista do Cunene, explica, depois da primeira secretária Gerdina Didalelwa é secundada pelo doutor Sérgio Vaz que já tem dois mandatos. Finde acha que o número dois devia ser Ovideo Pahula, por uma questão de justiça e valências.

“Mas a presença do Dr. Sérgio Vaz na lista de deputados do MPLA para o novo mandato, traz à liça o nepotismo já que ele é sobrinho da primeira secretária e governadora do Cunene”, além de que em termos de competências fica alguns furos abaixo de Pahula que fala fluentemente as línguas locais, portanto, sendo mais fácil tratar e entender os vários grupos etnolinguísticos que habitam o Sul do país.

A insistir nessa lógica, diz ainda a fonte, “isso pode fazer com que o eleitorado se afaste. Logo, cabe ao partido, o seu Bureau Político corrigir essa imprecisão porque ainda vai a tempo de o fazer”. Tudo isso, porque o entendimento político é especial e o eleitorado local é muito crítico e detalhista nestas questões.

“Reiteramos o apelo às instâncias superiores do partido porque se não o entendimento não será positivo”, insistiu Manuel Finde.

Na mesma ordem de ideias interveio Maria Amélia, do curso de imagiologia e radiologia em Benguela que manifestou-se mesmo descontente: “e não faz sentido que um dos melhores parlamentares que tivemos ao nível do Cunene na legislatura a terminar. Ele tem feito com brio e distinção o seu trabalho”.

Delson Antunes da província do Namibe também se sente agastado com a situação, por se tratar de uma figura com muita aceitação tanto pela comunidade académica como entre os mais velhos e seculos do Sul do país. “É dos poucos académicos e políticos do Sul que tem obra feita e é muito respeitado”, concluiu Antunes.

Fonte: portaldeangola.com

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