Friday Setembro 20, 2024
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NOTA NEGATIVA: MINTTICS MERGULHADO NUM MAR DE INCOMPETÊNCIA E INSUBORDINAÇÃO   

O sector das telecomunicações em Angola vai de mal a pior. Além das reclamações e greves que vão acontecendo consecutivamente na Angola Telecom, Movicel inclusa, e nos Correios de Angola, há também problemas internos no MINTTICS, no que concerne à competências que, em grande medida, afectam o rendimento de tão importantes sectores da vida nacional no seu todo.

Por: NA MIRA DO CRIME

A ideia de se criar “super – ministérios” com aglutinação de vários departamentos ministeriais em um só, caso do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, abreviadamente «MINTTICS», alegadamente para “encurtar” o Executivo e diminuir avultados gastos, está-se a revelar como uma “emenda pior que o soneto”. 

Sendo o MINTTICS o departamento ministerial auxiliar do Titular do Poder Executivo, que tem por missão propor a formulação, a condução, a execução e controlo da política nos domínios das telecomunicações, das tecnologias de informação, dos serviços postais, da meteorologia e geofísica, da comunicação social, da publicidade, orientada para a conexão interna e externa do País, bem como estruturar as linhas gerais, as normas e os padrões da comunicação institucional a executar pelos diferentes departamentos ministeriais, é liderado por um ministro, auxiliado por secretários de Estado para cada sector. É neste quesito onde a “porca torce o rabo” e levanta-se a velha questão do “ser ou não ser?”, considerando que, ao que consta, a subordinação tem-se tornado insubordinação. 

Quando o chefe não consegue “equilibrar” na sua cabeça um só “chapéu”, com vários aos mesmo tempo a situação fica complicada. Daí que se o secretário de Estado não reconhece competência no chefe, ou seja, no ministro, a situação toma um rumo de “deixa andar” e tudo se complica acabando os respectivos sectores por definhar, os problemas amontoam-se, surgem as reclamações, vão somando outros problemas, nada se resolve, promete-se muito mas nada se faz e rebentam as greves, as fugas de pessoal competente e assim por diante. 

Os trabalhadores da Angola Telecom, um gigante no ramo em Angola, a que se juntam os da Movicel, reclamam da má gestão da coisa pública por parte dos responsáveis daquelas instituições, reivindicam por melhores condições de trabalho e salários mais condgnos e não são tidos nem achados. Pelo contrário, ainda sofrem represálias por cima da sua razão e dos seus direitos. 

Na mesma esteira vão os trabalhadores dos Correios de Angola, uma instituição histórica no país, pela antiguidade e trajectória, que deveria ser um exemplo para demais instituições públicas, actualmente está votada a um desprezo de fazer dó. Os seus trabalhadores vivem problemas deveras constrangedores e, como se não bastasse, entraram em greve, também para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. 

Os indivíduos que estão à frente dos destinos dessas instituições e, consequentemente, dos seus trabalhadores, nunca têm a humildade, mais que isso, a honestidade, de reconhecer as falhas que cometem nas suas gestões e, em meio à sua comodidade, atiram as culpas para os pacatos trabalhadores, recusam-se a dialogar e alegam sempre que “a greve é ilegal”. 

Quanto às tecnologias de informação e comunicação, apesar do que se fala e se “embeleza” acerca do que se tem feito e se vai fazer, tudo não passa de exercícios para distrair a sociedade, porque na realidade muita coisa vai mal.  

Como exemplo muito simples dessa realidade, são as constantes falhas na internet, as falhas dos sitemas que afectam várias instituições de interesse público, como são os bancos, até o mau trabalho prestado ao consumidor por parte  das empresas de televisão por satélite, elas próprias vítimas de todo um sistema que, infelizmente, ainda enferma de várias insuficiências de ordem geral.  

Infelizmente, Angola ainda vive sérios problemas básicos que afectam directa e indirectamente o mercado de trabalho e as evoluções tecnológicas, por um lado, poderiam ajudar a ultrapassar muitos desafios e, por outro lado, poderão acrescê-los ainda mais. 

Segundo especialistas, “o país ainda está atrasado em relação à incorporação das inovações tecnológicas no seu processo produtivo e não existe um estudo nacional quanto aos efeitos deste fenómeno no mercado nacional, pelo que só é possível fazer uma previsão do impacto deste fenómeno no mercado de trabalho angolano através de uma análise ao nível do capital humano do país, à distribuição da força de trabalho nos principais sectores da economia angolana, às políticas implementadas pelo Governo, ao comportamento das empresas face às tendências de mercado e à situação económica do país”. 

O sector da comunicação social, nos últimos tempos, é o que mais críticas tem recebido por questões recorrentes e que há muito deveriam ser ultrapassadas. Contudo, continua o favorecimento e apadrinhamento de uns e o menosprezo e abandalhamento de outros, a falta de abertura e o livre exercício da actividade jornalística em grande medida, entre várias aberrações inconcebíveis para um País dito democrático e de direito. 

Por tudo isso, e muito mais pode ser descrito, fica aqui esta Nota Negativa ao desempenho do MINTTICS – Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social. Maior empenho, trabalho sério, foco e visão estratégica, em prol do desenvolvimento geral do país precisa-se! 

Fonte: namiradocrime.info

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