Wednesday Novembro 27, 2024
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LÍDER DO MOVIMENTO PROTECTORADO LUNDA TCHOKUE DEFENDE A CRIAÇÃO DE EMPREGOS NA REGIÃO PARA PÔR FIM AO GARIMPO ILEGAL.

Foi em declarações a imprensa que o Líder do Movimento Protectorado Português Lunda Tchokué, como sendo precária a actual situação social dos angolanos e do povo das Lundas em particular, citando como exemplo a pretensão do governo de elevar no âmbito da nova divisão político administrativa, o município de Cacolo a uma cidade, localidade que garante não ter energia elétrica nem água potável e como sérios problemas de falta de infraestruturas sociais e emprego para a juventude.

“Não temos hospital, não temos escolas, não temos água, só com isto os jornalistas já conseguem imaginar os sérios problemas que passam o povo das Lundas face ao actual contexto político social. As Lundas contribuem significativamente para as receitas do Estado Angolano, mas infelizmente não é tudo nem achado” lamentou.

Zé Camuxima defende a implementação de novas políticas públicas por parte das autoridades, para pôr fim a actual escalada de garimpo de diamante que tem ceifado vidas de milhares de jovens.

Quanto as negociações com o Governo do Presidente João Lourenço, face a independência do Território das Lundas, este responsável garantiu que “já enviamos cartas ao Governo da Angola, porque nós reinvindicamos a independência do nosso território como a Escócia, a Catalunha entre outras, mas não temos tido sucesso” referiu, reafirmando a intensificação das reivindicações, parafraseando o antigo adágio “água molé em pedra dura, tanto bate até que dura”.

O Líder do Movimento Protectorado avançou que as suas reivindicações não visa a reconstrução do antigo império implantado na região, mas sim a independência dos seus territórios com o poder político administrativo independente de Luanda (Executivo Central).

“Se em Luanda uma caixa de coxa está 25 mil é porque nas Lundas está 35 mil kwanzas, em vês de melhorar a situação social, o MPLA está a maltratar este povo” assegurou.

Muene Má Kapenda Kamulenga, Rei da Região das Lundas, descreveu como preocupante o aumento a cada dia que passa de jovens através do garimpo.

“Todos aqueles que falam contrário do movimento protectorado não são das Lundas. Angola foi colonizado nós não fomos. Já iniciamos a muito tempo a falar de autonomia mas o governo não dizia nada, então agora queremos independência, eles ficam com o governo deles e nós também com o nosso” vincou.

Muanangana Kambangunji Muanzumba assegurou que o povo das Lundas está a sofrer principalmente os jovens que por falta de emprego, atiram-se ao garimpo de diamantes para poder conseguir dinheiro e sustentar as suas famílias.

“Só no mês passado mais de 40 jovens morreram, por causa de um buraco que desabou” lamentou.

O Movimento Protectorado Português Lunda Tchokué reinvindica desde 2006 a independência da região das Lundas, que formavam o Antigo Império das Lundas, que abrangia as Províncias de Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico e Cuando Cubango.

Repórter Delgado Teixeira

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