A CRÔNICA DA JORNALISTA ROSSANA MIRANDA: NOVA ESTRELA DO ROCK & ROLL
A CRÔNICA DA JORNALISTA ROSSANA MIRANDA: NOVA ESTRELA DO ROCK & ROLL
A Coca Cola Zero está quente devido à falta de luz, há dois dias. São apenas duas casas sem energia e o vizinho diz que o ideal é molhar a mão dos técnicos da ENDE. Os kwanzas estão tão escassos no meu bolso e vem mais uma para dar-me cabo do juízo e da bufunfa. A Joana não vem trabalhar hoje, porque a mãe foi internada com cólera. Está no hospital Materno – Infantil de Cacuaco e diz ela, que divide uma cama com outras duas pessoas.
No final da década de 90, aqui na bandula, a doença parecia mais letal que o HIV. O slogan da então campanha do Ministério da Saúde era qualquer coisa como: “A Cólera é uma doença contagiosa…lave as mãos com água e sabão ou desinfecte com lixivia (ainda não era a época do álcool gel). A Cólera mata e mata rapidamente…”
Na altura era uma vergonha apanhar Cólera, a Vânia teve Cólera e quando regressou à escola, foi alvo de chacota. Nestes tempos quem sai com vida, tem muito a agradecer, pois apesar dos esforços reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde, o País, até então, não conseguiu as vacinas para conter a doença e os casos somam mais de 700 mil.
A estatística para muitos é importante, porém, para mim, faz mais sentido pensar em soluções e novos cenários. É preciso, de uma vez por todas focar na educação.
Quem anda por Luanda urbana ou periurbana, como o fiz esta semana, percebe que a grande lacuna é a aprendizagem. Como escreveu Augusto Cury in Gestão da Emoção, determinadas pessoas não assimilam e organizam o conhecimento porque não aprenderam a aprender. Se até aos dias de hoje, se vende ao lado de amontoados de lixo, se faz necessidades ao ar livre, se deita lixo na rua ou nas linhas férreas é porque a táctica tem de mudar e de ir mais além da corrida da Polícia e dos fiscais, um tipo de acção que por si só gera antagonismo e antipatia com reações de repúdio por parte da população.
Há muito trabalho para se fazer, há várias ideias empolgantes no ar que cheias de graça aguardam ser implementadas com vista o bem comum. Contudo, nada se faz sem uma velha moeda de troca, cada dia mais pesada e dolorosa para quem está de fora.
O caso dos funcionários da AGT, detidos esta semana, revela quase com nitidez que poucos são os que vestem a camisola pela simplicidade da causa e assusta-me que muito se pense por aí, que a dignidade nasce e emana do valor das contas bancárias, das viagens em Executiva ou 1ª Classe, dos carros topo de gama ou de um par de sapatos de sola vermelha.
Existe uma verdadeira falta de criatividade, um excesso de informação que segundo Augusto Cury, fomenta a ansiedade e diminuiu a inspiração.
A plataforma do sucesso é o conhecimento, a disciplina, o anti imediatismo, a humildade e a coragem. Características presentes em discursos de líderes mundiais, como foi o de Trump na sua tomada de posse. O guerreiro, Donald assumiu que não é uma personagem de uma história em quadrinhos e tem sido essa habilidade de quebrar velhos padrões, que o transformaram numa nova estrela bem ao estilo do hall of fame.
Trump foi pragmático ao falar do fim da engenharia social de raça e género, tocou no fim da censura e anunciou o retorno da liberdade de expressão, da justiça imparcial, falou numa sociedade que não vê cor da pele.
Disse que ser visto como um criador de paz, mas o mundo sabe que os americanos são os algozes da paz quando a bússula indica um pseudo interesse para a nação. E são vários os proveitos escalados na ambição governamental de Trump, basta olhar para a mensagem sobre tomar o canal do Panamá, tudo por causa das taxas aduaneiras e da presença chinesa, além de ter sido emocionalmente predatório ao afirmar que os Estados Unidos, são a maior civilização da história, que os seus cidadãos são extraordinários, exploradores, inovadores, empreendedores e pioneiros.
Seja lá o que acontecer nos próximos dias, como já está a acontecer, o novo Presidente americano resgatou o orgulho e a sensibilidade do seu povo sem grande imprevisibilidade e com a retórica de não falhar e de seguir em frente sendo apenas o que Caetano Veloso cantou há mais de 30 anos: “tipicamente americano”.
Trump é a nova estrela do Rock & Roll, um estilo criado por negros, mediatizado por brancos e que leva à loucura quem se deixa levar pela energia e adrenalina.
Rossana Miranda/26/01/2025
Fonte: Club-k.net
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