Monday Setembro 16, 2024
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CAROLINA CERQUEIRA RESSALTA PAPEL DA MULHER NA PROMOÇÃO DA PAZ

A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, destacou, domingo, em Luanda, o papel da mulher em África como promotora da paz e na resolução de conflitos, agente de diálogo e de reconciliação.

Ao intervir numa actividade promovida pela Administração Municipal de Luanda, no âmbito da celebração do Dia da Mulher Africana, a assinalar-se a 31 deste mês, Carolina Cerqueira centrou a sua intervenção no papel da mulher a nível da política, na actividade social, na promoção da cidadania e como alicerce do sector informal e no empreendedorismo.

A líder parlamentar ressaltou que a mulher tem enfrentado, com resiliência, a crise alimentar, a crise energética, a crise de valores, a crise política causada pelos conflitos humanos e a crise climática, superando-se e encontrando soluções alternativas e inovadoras para preservar a estabilidade familiar e sustentabilidade das comunidades.

Carolina Cerqueira sustentou que a educação e a formação profissional, a investigação científica e o acesso às novas tecnologias e inteligência artificial são sonhos das meninas que se  podem tornar realidade com o apoio institucional e das organizações da sociedade civil e religiosa.

Por seu turno, a administradora municipal de Luanda, Milca Caquesse, disse que a iniciativa teve como objectivo reunir vozes de várias mulheres para se debruçarem  sobre o papel da educação na vida das meninas e das mulheres, com vista a uma África melhor.

O encontro juntou mais de 200 mulheres de vários estratos da sociedade luandense, entre as quais a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Paula do Sacramento Neto.

O Dia da Mulher Africana foi instituído a 31 de Julho de 1962, em Dar-es-Salaam (Tanzânia), com o objectivo de garantir melhor educação, respeito, valorização e a abertura do mercado do emprego para as mulheres do continente berço.

Mulher angolana na linha da frente

A mulher africana, em particular a angolana, sempre desempenhou um papel relevante no desenvolvimento sustentável, constituindo-se no pilar indispensável para o contínuo crescimento das Nações.

Sempre inspirada nos ideais rumo à defesa dos que mais necessitam e na luta pelo desenvolvimento dos países, a mulher angolana mantém-se na linha da frente em todos os momentos, quer políticos, sociais e económicos, para a salvaguarda do seu bem-estar e das famílias. A importância de incluir as mulheres nos processos políticos está associada ao facto de que as crises em África não estarem baseadas apenas em aspectos militares ou elementos transitórios. São resultantes também, e talvez principalmente, de questões estruturais políticas, económicas e socioculturais.

Sob essa perspectiva, a inclusão das mulheres promove mais atenção a aspectos que costumam ser ignorados nos processos de paz, tendo em vista a reprodução das hierarquias de género no microcosmo comunitário, a qual promove impactos distintos entre homens e mulheres que presenciam uma mesma situação de crise.

A participação das mulheres reforça um olhar crítico sobre o bem-estar social, que não apenas amplia o debate sobre as raízes das crises, mas também sobre os meios necessários para garantir respostas mais abrangentes e sustentáveis.

No entanto, as mulheres em África convivem com uma sobreposição de violências, não apenas oriundas das divisões de género, mas também baseadas em termos culturais e de nacionalidade. Isso porque, num sistema internacional marcado por hierar- quias, a África ainda é largamente considerada um território a ser tutelado.

Embora a participação e a representação das mulheres nos processos políticos tenham aumentado com o passar do tempo, as resistências e activismos sempre estiveram presentes, exercendo papéis essenciais nos processos de (re)construção da paz.

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