SUPOSTO MILITAR DAS FAA PROMETE MATAR O EMPRESÁRIO GUINEENSE DIALLO BUBACAR.

Diallo Bubacar, empresário de nacionalidade guineense, residente em Angola há 20 anos, acusa um suposto efectivo das Forças Armadas Angolanas FAA, identificado por Victorino Paulo Balavante, de agir de má-fé (burla) em cumprimento de um contrato de arrendamento de um estabelecimento comercial (com três lojas) localizado na urbanização Vida Pacífica no lote 2, Zango-0 em Viana.

Conta os factos que no dia 12 de Abril de 2023, o queixoso conta diz ter contacto com espaço, naltura em obra em apenas dez fiadas, por falta de recurso financeiro, o suposto proprietário mediante concertação entre ambos, autorizou Bubacar a terminar a obra.

OS FACTOS…

No entanto, interessado no espaço, depositou, 1.200 mil Kwanzas, correspondente a três meses de arrendamento para três lojas. Avança ainda que depois, foi orientado a fazer uma transferência na conta da organização Balavante, disse, sob alegação de acelerar a elaboração do contrato.

Aceitou efectuar outras transferências de três milhões, no primeiro dia, 1.100.000 (um milhão e cem mil) no dia seguinte e de 400 mil, totalizando 4.500.000 (quatro milhões e quinhentos mil) Kwanzas.

Pago os valores, Diallo confrontou o suposto proprieário, Victorino Balavante sobre a titularidade do espaço, para a segurança dos seus investimentos, pedido que foi negado, conta.

Diallo, explica que tão logo terminaram as obras, endereçou duas cartas ao senhor Victorino, responsável da organização Balavante com as facturas de todos os gastos feitos na empreitada, no caso mais de 19 milhões de kwanzas. Na segunda carta informava a data da inaugurar das lojas.

Mais de 19 milhões kwanzas jogados ao chão

O empresário Boubacar, viu-se surpreendido quando na reunião em resposta a uma das cartas enviada, foi informado que todo o valor gasto, para acabamento e apetrechamento do espaço nada tinham a ver com o contrato, e sim, estavam enquadrados nas acções de benfeitorias.

Quando anunciou que tinha feito altos gastos, foi informado que o contrato deveria ser anulado e que perderia os valores por si investidos.

“A partir daí iniciou o desentendimento entre eu e ele. Eu não tinha conhecimento da língua portuguesa e das leis angolanas e eu estava lá sozinha contra mais de seis pessoas, e fiquei paciente”, disse.

Uma semana depois recebeu, numa sexta-feira, outra carta a convocá-lo novamente para uma reunião, numa hora que começo de com a hora da ir rezar, tendo por isso pedido que a reunião devesse ter lugar as 15 horas, gerando um conflito que levou o alegado proprietário a bloquear os acessos aos estabelecimentos comerciais.

Dialó faz saber que foi ameaçado por Victorino que se identifica como militar, “vou te mostrar que sou militar, entre te matar ou te mandar fora de Angola, será uma solução”, contou.

Além do bloqueio dos acessos, Diallo revelou também que o alegado dono cortou a luz eléctrica e a corrente de água, apesar de ter as contas em dia. Até mesmo o Posto de Transformação que a ENDE instalou no local por conta do estabelecimento comercial, foi bloqueado.

Questionado sobre a possível solução, Boubacar avança que pretende continua no espaço e pagando mensalidade ao legítimo proprietário ao aos cofres do Estado angolano.

Sobre o valor investido, Diallo revelou que os mais de 19 milhões de Kwanzas que investigou na obra equivalem a uma renda de cerca de cinco anos de arrendamento.

No exercício do contraditório, O FLAGRANTE, contactou via telefónica, o Victorino Balavande, em poucas palavras se limitou apenas afirmar que empresário guineense deve recorrer à justiça para apresentar uma queixa sobre as ameaças de mortes de que é vítima.

Tendo sublinhado que, Diallo Boubacar deve comprovar documentalmente as suas denúncias sobre a suposta burla. No final desafio um frente a frente entre ambos diante dos jornalistas para a prova material dos factos.

O FLAGRANTE sabe que a Procuradoria-Geral da República já recebeu uma denúncia sobre o assunto e que nos próximos dias poderá ter novos capítulos para essa nova. Fonte: O FLAGRANTE