Saturday Novembro 23, 2024
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REI CARLOS III PROMETE SEGUIR EXEMPLO DE ISABEL II

A  cerimónia teve início às 10h00 e o monarca foi acompanhado do seu sucessor, William, e da esposa, Camilla.

“É uma grande consolação para mim o carinho que tantos têm vindo a mostrar para comigo e os meus irmãos”, afirmou o monarca, acrescentando que esse apoio e carinho se prolonga por toda a família.

“No que diz respeito a este reino e à família de nações de que faz parte, a minha mãe deu durante toda a sua vida o exemplo de dedicação ao serviço. O reinado da minha mãe foi inigualável na sua duração, dedicação e devoção”, referiu.

Antes de decretar o dia do funeral da Rainha como feriado nacional e proceder às assinaturas da proclamação, o monarca notou que estava consciente do que o esperava desta “herança pesada”. “Irei seguir o exemplo”, garantiu.

“Confirmo também a minha intenção de continuar a tradição de entregar as receitas da herança ao Governo para benefício em troca da concessão soberana que sustenta os meus deveres oficiais como Chefe de Estado e Chefe da Nação”, afirmou num momento mais protocolar.

O monarca agradeceu ainda aos deputados e membros do Governo britânico – que estavam representados pela actual Primeira-Ministra, Liz Truss, assim como quatro ex-Primeiros-Ministros -, mas também a Camilla. “Sou encorajado pelo apoio constante da minha esposa”.

Esta foi a primeira, mas não a última proclamação, já que a cerimónia aconteceu também na Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales. A partir das 14h de ontem, os deputados prestaram juramento ao novo Rei, com uma sessão de condolências que se estendeu às 22 horas.

Trombetas e canhões

O Rei Carlos III foi proclamado em público como novo monarca do Reino Unido às 11h00 em ponto, um ritual precedido pelo toque de trombetas na varanda do palácio de St. James, em Londres.

Foi nesse local que o Rei, de armas da Jarreteira, anunciou a Proclamação Principal, redigida no interior do Palácio pelo Conselho de Adesão, um órgão que se reúne com o fim expresso de confirmar o novo soberano do Reino Unido.

A seguir à leitura, uma companhia de guardas reais saudou com três “vivas” o novo Rei, depois de se ouvir o hino do Reino Unido, “God Save the King” (“Deus salve o Rei”), tocada pela banda do regimento dos Guardas de Coldstream, o mais antigo regimento das Forças Armadas britânicas.

Junto à Torre de Londres, soaram salvas de canhão, bem como nas outras capitais do reino, como Edimburgo e Cardiff, onde se lia, igualmente em público, a proclamação em cerimónias semelhantes.

Ao assinar o juramento pelo qual se torna Rei, Carlos III comprometeu-se a “seguir o exemplo inspirador” da sua mãe, manifestando-se “profundamente consciente da grande herança, deveres e pesada responsabilidade” da monarquia.

“Ao tomar estas responsabilidades, lutarei por seguir o exemplo inspirador que me precede, mantendo o Governo constitucional, e procurando a paz, harmonia e prosperidade dos povos destas ilhas”, declarou o novo Rei, citado pela Lusa.

A Rainha Isabel II morreu na quinta-feira, aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido.

Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu a 21 de Abril de 1926, em Londres, e tornou-se Rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o seu irmão abdicou. Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assumiu, aos 73 anos, as funções de Rei como Carlos III.

Monarca anunciado Chefe de Estadodo Canadá

O Rei Carlos III foi, ontem, oficialmente, anunciado Chefe de Estado do Canadá, numa cerimónia em Otawa, na província de Ontário.

Carlos de Inglaterra tornou-se, automaticamente, Rei quando a Rainha Isabel II morreu, na quinta-feira, mas só ontem foi, oficialmente, proclamado, numa cerimónia em Londres.

Horas depois, o Canadá deu idêntico passo cerimonial e constitucional, fundamental na introdução do novo monarca no país, como noticiaram as agências internacionais.

Carlos III torna-se assim Chefe de Estado do Canadá, um dos países membros da Commonwealth, organização formada, essencialmente, por ex-colónias britânicas.

Embora os canadianos sejam algo indiferentes à monarquia, as agências internacionais destacam a “afeição que muitos tinham pela falecida Rainha Isabel II”, cuja silhueta circula nas moedas daquele país.

As análises internacionais antecipam que Carlos deverá permanecer Chefe de Estado do Canadá, até porque abolir a monarquia implicaria mudar a Constituição.


Preparativos para a despedida em Edimburgo

Os preparativos para a chegada do caixão da Rainha Isabel II em Edimburgo, na Escócia, já estavam em curso ontem, com corte de estradas, barreiras nas ruas e polícia reforçada.

Antes de seguir para Londres, onde terá lugar o Funeral de Estado, o corpo da monarca, que morreu aos 96 anos na quinta-feira, será transportado do Castelo de Balmoral para a capital da Escócia.

De acordo com a Lusa, a movimentação do caixão, a partir de Balmoral, é chamada “Operação Unicórnio” e os planos prevêem que primeiro seja transportado de carro para o Palácio de Holyroodhouse, a residência oficial do monarca na Escócia, para a sala do trono.

É neste local que se têm concentrado os tributos dos populares, com ramos de flores, cartões e bonecos de peluche depositados junto a um dos muros.

“Obrigado pela vida de serviço e pelo conforto e consolo durante os tempos difíceis. Obrigado por ser uma verdadeira inspiração”, lia-se num cartão. Noutro estava escrito com letra de criança “Querida rainha, vamos sentir a tua falta”.

Sarah e Jeff Farrar, turistas norte-americanos de visita a Edimburgo, foram uns dos que deixaram um ramo de flores. “Pareceu-me a coisa certa a fazer. A Rainha representa a tradição do Reino Unido e nós temos um grande respeito por ela”, afirmou Sarah, natural de São Francisco, na Califórnia, citada pela Lusa.

Susan Low viajou de Dundee, a 100 quilómetros de Edimburgo, com as amigas Linda e Ruth para prestar uma homenagem à monarca que conheceram desde nova. “Preferimos vir hoje e ver o resto dos procedimentos pela televisão, porque as ruas aqui são estreitas e vão estar cheias de pessoas”, explicou.

Apesar dos preparativos para um grande evento, não existem sinais especiais sobre o que se trata, nem são visíveis muitas imagens da Rainha.

As datas e detalhes finais do plano ainda não foram publicadas pelo Palácio de Buckingham, mas a imprensa britânica indica que o caixão deverá chegar hoje, e amanhã  será levado em procissão para a Catedral de Santo Egídio (Saint Giles).

A distância entre os dois pontos é de apenas cerca de um quilómetro ao longo da estrada conhecida por Milha Real (Royal Mile), na qual foram proibidos todos os caixotes de lixo doméstico.

Uma série de ruas em redor também foram cortadas ao trânsito e algumas escolas e infantários foram mandados encerrar amanhã e terça-feira, devido às multidões que deverão convergir para prestar homenagem à Rainha.

Uma missa deverá ter lugar amanhã na Catedral, após a chegada do corpo com a presença de membros da família real, que depois deverão protagonizar um velório em torno do caixão, designado por “Vigília dos Príncipes”.

O corpo da Rainha ficará em repouso durante 24 horas na Catedral de Santo Egídio e membros do público poderão entrar e contemplar o caixão, antes da partida para Londres.

Entretanto, o Rei Carlos III deverá também deslocar-se a Edimburgo no âmbito da sua proclamação, para receber do Executivo regional uma mensagem oficial de condolências e participar numa missa na Catedral.

Funeral agendado para o dia 19

O funeral de Estado da Rainha Isabel II vai realizar-se no próximo dia 19, pelas 11 horas, na Abadia de Westminster, em Londres, anunciou, ontem, o Palácio de Buckingham.

Antes do funeral, a Rainha permanecerá “em Westminster Hall por quatro dias, para permitir que o público preste as suas homenagens”, informa a nota.

Sublinhe-se que, actualmente, o caixão da Rainha “repousa no salão de baile do Castelo de Balmoral” e “viajará para Edimburgo”, hoje, por estrada, para chegar ao Palácio de Holyrood, onde ficará na Sala do Trono até a tarde de amanhã.

Nessa tarde, “uma procissão será formada no pátio do Palácio de Holyrood para transportar o caixão para a Catedral de Santo Egídio, Edimburgo”.

Nesta procissão,  irá participar o agora Rei Carlos III e os membros da Família Real, que “assistirão a um Serviço na Catedral para receberem  o caixão”, que ali permanecerá vigiado por guardas da Royal Company of Archers, “para permitir que o povo da Escócia” preste as suas homenagens.

Na tarde de terça-feira, o caixão viajará da Escócia, em aeronaves da Royal Air Force, a partir do Aeroporto de Edimburgo, e deverá chegar à RAF Northolt, em Inglaterra, “mais tarde nessa noite”.

O caixão será acompanhado na viagem pela Princesa Real, a princesa Ana, e será depois “transportado para o Palácio de Buckingham por estrada, para descansar na Bow Room”.

“Na tarde de quarta-feira, 14 de Setembro, o caixão será carregado numa procissão numa carruagem de artilharia real da tropa do Rei, do Palácio de Buckingham ao Palácio de Westminster, onde a Rainha ficará deitada no Westminster Hall, até à manhã do funeral de Estado”, informa.

A procissão passará, segundo a  nota, pelos “Jardins da Rainha, The Mall, Horse Guards e Horse Guards Arch, Whitehall, Parliament Street, Parliament Square e New Palace Yard”.

Quando chegar a Westminster Hall, “o Arcebispo de Canterbury realizará um breve serviço assistido pelo Reverendo David Hoyle, Reitor de Westminster”, com a presença do Rei e membros da família real, dando-se início ao velório público, tradicionalmente conhecido como “Lying-in-State”.

“Durante o Lying-in-State, o público terá a oportunidade de visitar o Westminster Hall para prestar as suas homenagens à Rainha”, lê-se.

Na manhã do dia 19, este velório terminará e o caixão será levado em procissão do Palácio de Westminster até à Abadia de Westminster, onde acontecerá o funeral de Estado.

“Após o funeral de Estado, o caixão viajará em procissão da Abadia de Westminster ao Arco de Wellington” e, posteriormente, para Windsor. Uma vez lá, segue, em procissão, para a Capela de São Jorge, onde terá lugar um serviço.


Príncipe William promete honrar a memória da avó

Foi partilhado um comunicado no qual o príncipe William lamenta a morte da avó, rainha Isabel II, apoiando também o pai, rei Carlos III.

Além de destacar que se perdeu uma “líder extraordinária”, William lamenta: “Eu, contudo, perdi uma avó. E enquanto lamento a sua perda, também me sinto incrivelmente grato”.

“Sabia que este dia iria chegar, mas levará algum tempo até que a realidade da vida sem a vovó pareça real”, acrescentou.

No mesmo comunicado, recorda o apoio que a mulher, Kate Middleton, recebeu da Rainha e lembrou as férias que os filhos, George, Charlotte e Louis, passaram com Isabel II e as memórias que criaram desses momentos que “vão durar para o resto das suas vidas”.

“Agradeço-lhe pela gentileza que demonstrou à minha família e a mim”, continuou William, afirmando também que a Rainha acompanhou-o “nos momentos mais felizes e nos mais tristes”.

“A minha avó dizia que o luto é o preço que pagamos pelo amor”, pode ainda ler-se na nota do filho mais velho do agora Rei Carlos III. “Honrarei a sua memória apoiando o meu pai, o Rei, de todas as maneiras possíveis”, prometeu.

A imprensa internacional relata que foi o príncipe William quem convidou o irmão, Harry, e a cunhada, Meghan Markle, para se juntarem a si e a Kate Middleton e juntos caminharem no lado de fora do Castelo de Windsor, no Reino Unido. A aparição pública dos casais foi uma surpresa.

A CNN adiantou que os casais passaram cerca de 45 minutos a conversar com a multidão que estava do lado de fora do Castelo de Windsor, antes de saírem do local no mesmo carro.

Abraços, palavras de carinho e flores foram elementos que fizeram parte deste momento único.

Uma fonte real revelou que a razão de William ter convidado o irmão a fazer parte deste momento prende-se ao facto de achar importante mostrar a união da família nesta fase difícil.

Pois, é desde Março de 2020 que os quatro não eram vistos juntos em público. Os dois casais estiveram no Jubileu de Platina da Rainha, mas não foram fotografados juntos.



Membros da realeza assistem cerimónia religiosa privada

Alguns membros da família real britânica deslocaram-se, na manhã de ontem, para Crathie Kirk, onde assistiram a uma cerimónia religiosa privada.

No regresso ao Castelo de Balmoral – onde morreu a Rainha Isabel II -, os três filhos mais novos da falecida monarca, a princesa Ana e os príncipes André e Eduardo, estiveram a ver as homenagens que foram deixadas pela multidão.

O neto Peter Phillips e as quatro netas, Zara Tindall, Beatrice, Eugenie e Louise Windsor, também estavam presentes.

Antes de voltarem a entrar no castelo, acenaram às centenas de pessoas que se encontravam no local.

Kate vista pela primeira vez após a morte da Rainha

Kate Middleton foi vista pela primeira vez após a morte da Rainha Isabel II. A mulher do príncipe William, agora conhecida como duquesa da Cornualha e Cambridge, foi vista a conduzir o seu carro quando deixava o Castelo de Windsor, na tarde de sexta-feira.

Na ocasião, Kate estava a usar um look preto, com óculos de sol também escuros, brincos de pérolas e o cabelo apanhado com um rabo de cavalo.

De recordar que Kate não se deslocou para Balmoral, na Escócia, onde morreu a Rainha, porque ficou com os filhos, George, Charlotte e Louis.


Filhos de Isabel II lembram melhores momentos

Carlos, André, Ana e Eduardo, os quatros filhos da Rainha Isabel II, lembraram os melhores momentos passados ao lado da mãe numa reportagem especial da BBC. Os testemunhos dos filhos da monarca foram agora lembrados na emissão “Homenagem a Sua Majestade a Rainha”.

Os quatro filhos de Isabel II afirmam em conformidade que os momentos mais felizes que recordam com a mãe foram passados nas férias da família em Balmoral. Curiosamente, foi no Castelo de Balmoral que a Rainha acabou por morrer, na última quinta-feira.

A princesa Ana guarda com especial carinho “os tempos de férias” em que os pais estavam “quase sempre por perto”. A princesa realçou ainda que, para a mãe, Balmoral era perfeito, por incluir quase todas as coisas de que gostava: “o campo, os cães, os cavalos e poder fugir um pouco do olhar público”.

 
Filhos de Camilla Parker vão receber títulos agora que é rainha consorte?

Agora que Camilla Parker se torna rainha consorte, será que os seus filhos vão receber algum título real?

De acordo com o “Page Six”, apesar de  mãe ser agora mulher do Rei Carlos III, após a morte de Isabel II, os filhos de Camilla não irão receber nenhum título.

De recordar que Camilla é mãe de Tom Parker Bowles e Laura Lopes, fruto do casamento anterior com Andrew Parker Bowles. “O Tom e a Laura vão permanecer exactamente como estão, o seus nomes não vão mudar”, disse o editor-chefe da revista Majesty, Joe Little, ao “Page Six”.

Questionado sobre se vão agora passar a ter seguranças, como acontece com a família real, disse: “Se eles não precisaram de seguranças até agora, não irão receber quando mudar o reinado – a menos que seja necessário. Mas é claro que eles não terão seguranças”.

“Ambos são relativamente discretos, e é assim que eles preferem. Eles valorizam a privacidade. Normalmente, ficam em segundo plano”, acrescentou.

No entanto, estiveram presentes no Castelo de Windsor, em Junho deste ano, para assistir ao momento em que Camilla passou a integrar a Ordem da Jarreteira, nomeação feita pela falecida sogra, a Rainha Isabel II. Também participaram nas celebrações do Jubileu de Platina de Isabel II, em Londres, segundo o “Page Six”.

Os filhos de Camilla apenas poderiam receber títulos ou distinções oficiais por ‘bom trabalho prestado’.

O agora rei Carlos III e Camilla casaram-se em Abril de 2005. “Há muito tempo que existe uma amizade próxima entre Carlos e os enteados e netos”, destacou Joe Little. Tom é pai de Lola, de 14 anos, e Freddy, de 12, fruto do casamento terminado com Sara Buys. Já Laura é mãe de Eliza, de 14 anos, e dos gémeos Louis e Gus, de 12, do casamento com Harry Lopes.

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