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MUSEU REGIONAL DA HUÍLA REABRE AO PÚBLICO

O Museu Regional da Huíla, fundado no período 1956/1957, pelo então professor do Liceu Diogo Cão, Machado da Cruz, após reunir várias colecções etnográficas locais e da colônia portuguesa, reabriu as portas ao público já com a área de Reserva Técnica totalmente requalificada.

A directora do Museu Regional da Huíla, Angelina Sacalumbo, que avançou os dados ao Jornal de Angola, descreveu mais adiante que a Reserva Técnica figura como um espaço fundamental pela razão de acomodar todo o acervo que não está exposto ao público.

“Estamos agora mais descansados por serem criadas as condições necessárias para preservar durante décadas o acervo etnológico composto por 1.530 peças”, afirmou, para descrever que estão neste momento no espaço remodelado 1.200 objectos, entre eles de pedra, argila, madeira, plástico e metal.

Após a sua criação passou a chamar-se Museu de Sá da Bandeira, com a conquista da independência mudou para Museu da Huíla e, mais recentemente, Museu Regional da Huíla. E conta com um número de visitantes que ascende aos 400 visitantes, entre investigadores, turistas nacionais e estrangeiros.

Angelina Sacalumbo que deplorou os constrangimentos criados às dezenas de peças em consequência da infiltração de água das chuvas na Reserva Técnica, argumentou que se leva a cabo agora um projecto que vai melhorar o diagnóstico das peças, catalogação e embalamento de acordo com as regras museológicas.

Importa referir que os trabalhos de requalificação das infra-estruturas da Reserva Técnica do Museu Regional da Huíla decorreram de Abril a Fevereiro. “Agora estamos atrás de novos patrocínios para outras acções no pátio do imóvel”, disse, tendo aproveitado a ocasião para agradecer o apoio de uma empresa local para efectivação das obras.

Segundo ela, os visitantes devem ser os primeiros a contribuir para a manutenção do imóvel onde, hoje, já é possível deparar-se com o muro, árvores e outra envolvente com uma nova imagem. “Já nos sentimos mais confortáveis e mais empenhados em explicar os hábitos e costumes dos povos da região sul”, contou.

Com o arranque das aulas em todos os níveis de ensino, o museu etnográfico que expõe os costumes, crenças e tradições dos povos da Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango possui mais de oito mil obras literárias antigas e 200 selos importantes para o desenvolvimento intelectual dos alunos.

Hábitos e costumes representados

Nalgumas das oito salas do imóvel estão também representadas a pastorícia, caça, instrumentos musicais, crenças e espiritualidade, agricultura e pesca, incluindo a sala da maquete do Eumbo, isto é, uma aldeia tradicional com regras muito próprias que os visitantes devem obedecer quando a visitam.

A directora do Museu Regional da Huíla, Angelina Sacalumbo, fez saber que acções estão em curso no sentido de se expandir além fronteiras o valor do acervo sócio-cultural da região sul, assim como sensibilizar os adolescentes sobre a importância da preservação do património histórico, etnográfico, artístico, imaterial e natural.

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