Saturday Maio 18, 2024
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O VOTO DA ANA MARGOSO E OS (IN) TOLERANTES – NA OPINIÃO DO JORNALISTA FELIX ABIAS

Há uma grande campanha contra a imagem da Ana Margoso, levada a cabo por militantes e simpatizantes da UNITA. Estes, no calor da sua luta pela alternância, deixam escapar toda a sua intolerância para com os que pensam o contrário, como é o caso da Ana Margoso que foi militante do Galo Negro, mas declarou o seu voto a João Lourenço.

Eles acreditam que, face aos últimos acontecimentos no País, todos, mas absolutamente todos, devem apoiar a UNITA/FPU, porque esta, sem qualquer mácula, vai então fazer de Angola um país melhor para todos, mas absolutamente todos.

Conheço a Ana Margoso, já discutimos várias ideias dentro e fora das redes sociais, com um a defender as suas. Algumas das discussões foram na sua página e justamente sobre ACJ, portanto, basta visitá-las.

Sei que, não sendo perfeita, sempre esteve sem qualquer receio de exprimir as suas ideias. Aliás, todos estão lembrados de que a Ana também tem o seu bloco na desmistificação da imagem da UNITA, a partir das redes sociais.

Para ser mais objectivo, a Ana, que vinha da família MPLA, já foi o rosto mais visível das causas da UNITA aqui no facebook, sem qualquer receio do EDUARDISMO, que como sabemos, foi duro. Estamos a falar de uma altura em que o partido fundado por Jonas Savimbi era visto como o DIABO da história deste país.

Indo à entrevista que concedeu à MFM, que é a que está a mexer com a ira e orgulho dos intolerantes. Pode-se discordar de algumas coisas, mas convenhamos, que há verdades no que disse – não parece ser difícil de descortinar.

Deixa antes lembrar um debate promovido pela Ecclesia, do qual fiz parte, sobre o congresso que elegeu ACJ. A dada altura, o walter Cristovão perguntou qual era a melhor figura para suceder a Isaías Samakuva. Não tive qualquer receio de afirmar que ACJ era a melhor figura. Argumentei que, se Samas tinha feito um profundo trabalho de reunificar o partido, ACJ era a figura certa para buscar simpatia fora do partido.

Atenção que o debate aconteceu no dia da eleição, com possibilidade de influenciar os delegados, sem falar da presença, no Sovismo, do nosso saudoso Salgueiro Vicente a reportar o ponto de situação. Bom, este foi um à parte só para “ajuda memória” aos maninhos que forem tentados a interpretar este post de forma contrária.

E parece que tive razão, se tivermos em conta os apoios que o homem tem tido. Bom, este foi só um à parte para “ajuda memória” aos que forem tentados a fazer interpretação contrária a que pretendemos neste post.

Posto isto, aqui vão algumas perguntas: é verdade ou não que ACJ “acabou com o ye ye ye”, que está entre os gritos de guerra da UNITA, sendo por isso mesmo parte da sua identidade? É verdade ou não que grande parte dos que estão com ACJ humilharam Isaías Samakuva, com imagens audiovisuais, sendo hoje as mesmas espalhadas pelas redes sociais, tendo mesmo esta situação ‘dividido’ os maninhos? É verdade ou não que falta conexão entre ACJ e as massas, um aspecto que está a ser compensado por Abel Chivukuvuku (aqui digo eu)? E se juntarmos a isso o facto de a Ana afirmar que desconhece a visão de ACJ sobre o país, tem ou não o direito de manifestar a sua vontade?

Chegados aqui, fica a pergunta: por que razão esses promotores da intolerância não rebatem as ideias da Ana? Ou seja, qual é a razão de baterem na mensageira e não na mensagem? Estando nós no campo das ideias e direitos individuais, não era o melhor caminho?

SÓ UM CONSELHO

Era bom lidarem bem com este tipo de posicionamentos, afinal estamos em democracia, um regime para o qual a UNITA se bateu bastante. Porque, ao agirem como estão, passam a ideia de que, se vencerem as eleições de 24 de Agosto, pessoas como a Ana Margoso viverão os dias mais amargos da sua vida.

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