JOVEM BURLA FAMÍLIA DA NAMORADA VIRTUAL EM 06 MILHÕES DE KWANZAS
Um jovem com bom porte físico, aparentemente com 37 anos de idade, refugiou-se em pseudónimos de Noelde de Paula, Fernandes Noé, Isaias Cristo e Valdemar Lourenço Gonçalves, para burlar pessoas menos avisadas.
Por: Matias Miguel
Nessa caça conheceu Zelga, estudante universitária, cuja mãe acabou burlada pelo jovem em referência.
Zelga Jacob, de 20 anos de idade, aos prantos, disse ao NA MIRA DO CRIME que culpa-se pelo estado doentio em que se encontra a sua mãe.
“Conheci o Noelda de Paula em 2019, de lá para cá, fomos falando no Facebook e telefones; nas imagens exibia viaturas de top de gama. Depois de ganhar confiança em mim, ofereceu-me a proposta para a aquisição de apartamentos no Sequele, dizendo que tem possibilidades de agilizar o negócio imobiliário”, disse, salientando que mobilizou recursos, socorrendo-se a empréstimos para entrar no negócio que, afinal, era autêntico golpe.
“O último contacto com o Noé foi no dia 07 de Julho último”, citou, revelando que a partir daquela data bloqueou-a tanto nas duas contas do Facebook como nos cinco números telefónicos.
“Nunca nós conhecemos pessoalmente e essa foi a falha principal “, enfatizou. Para acto presencial, disse, enviou Carlos que disse ser primo seu e a residir no Cassenda.
Este veio ter com ela próximo da Administração do Cazenga com o propósito de “pegar os valores”.
Apesar da mãe doente, mexeu nas reservas que ela dispunha para tentar realizar o sonho de casa própria, mas debalde, porque o golpe já estava feito.
“Eu desembolsei um milhão e setecentos e cinquenta mil Kwanzas dos dois milhões exigidos, a minha mãe um milhão e oitocentos mil Kwanzas, o meu tio e o meu cunhado deram dois milhões e quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas, fazendo seis milhões de Kwanzas”, informou, sublinhando que os depósitos foram feitos por transferências bancárias, em nome de Valdemar Lourenço Gonçalves.
O burlador à solta alimentou as esperanças de que o processo está em bom ritmo e que os apartamentos estão a ser preparados, mas quando notou que tinha esgotado todas as desculpas, optou por desligar o telefone.
“A minha mãe, de 66 anos de idade, ao notar o alarido em forma já de burla, teve um ataque e foi evacuada para o Hospital Geral de Luanda no dia 11 do mês em curso; não contamos como tudo aconteceu para não agravar o estado de saúde dela”, frisou.