TCHIZÉ DOS SANTOS, CONCEDEU UMA ENTREVISTA A JORNALISTA ANA SOFIA CARDOSO DA CNN PORTUGAL NO PROGRAMA PRIME TIME ONDE A MESMA TEVE QUE SER INTERROMPIDA POR INCOMPATIBILIDADE COM APRESENTADORA.
A CNN classificou a entrevista como “ Inesquecível por 25 razoes a descrever :
- “Eu não fiz nenhuma acusação de envenenamento, eu pedi uma investigação de homicídio.”
- “Uma das afirmações que consta nos autos é que o meu pai ficou 16 horas sem comer.”
- “Foi-me negada a possibilidade de por um enfermeiro a tempo inteiro na casa do meu pai.”
- sobre a autopsia “É curioso que os jornalistas tenham acesso a mais informação do que eu, que interpus a ação. É muito curioso que o João Lourenço tenha ficado a saber do falecimento do meu pai e tenha anunciado primeiro do que eu.”
- “Eu fiquei a saber pelo senhor Lourenço do falecimento do meu pai. O que me chocou tremendamente”.
- “Nenhum médico conseguiu explicar como é que o meu pai conseguiu chegar de Angola com 30 quilos a menos. Filhos nunca foram informados que o pai estava a perder muito peso”.
- sobre a investigação à morte do pai “Eu contei com o apoio de alguns irmãos e um deles, inclusive, deu o seu testemunho, mas na hora da assinatura da queixa recomendaram que eu a fizesse sozinha.”
- “Eu não sei mentir, assumo que fiz a queixa formalmente sozinha”
- “A saúde e a vida do meu pai eram da responsabilidade de qualquer um deles como da minha.”
- “Eu deixei muito claro que não negoceio com criminosos. O governo de Angola é criminoso, liderado por um criminoso. Que viola a separação de poderes e que viola a constituição de Angola.”
- “A Ana Paula dos Santos para mim é uma impostora, não é esposa de ninguém.”
- sobre se teve o apoio dos irmãos na recusa de enviar o corpo do pai para Angola “Eu não lhe vou dizer de que irmãos me dão apoio. Só lhe posso dizer que tenho apoio de alguns irmãos, que não são a minoria.”
- “Há muitos indícios de que isto foi tudo premeditado.”
- João Lourenço “até na morte alheia quer competir o protagonismo com o falecido”.
- “Se o meu pai estivesse feliz e se sentisse seguro em Angola, não passaria a maior parte do tempo na Europa.”
- “Eu acho que o meu pai morreu por não ter apoiado João Lourenço no congresso e não ter a intenção de o apoiar a campanha eleitoral de Agosto de 2022.”
- Sobre a realização de um funeral de Estado: “O meu pai deixou uma vontade expressa de não mais voltar a ser humilhado por João Lourenço e não mais voltaria a Angola.”
- “O meu pai mostrou-se extremamente arrependido de ter regressando a Angola pela forma humilhante que foi tratado por JLO e pelo MPLA”
- “O meu pai não queria ser enterrado por João Lourenço.”
- “O presidente de Angola é um ditador corrupto. (…) Eu não vou vender o corpo do meu pai para lado nenhum.”
- questionada sobre se irá ao funeral se a decisão do tribunal obrigar o corpo a seguir para Angola “Eu não irei pôr o pé em nenhuma instituição de Angola enquanto o João Lourenço for presidente de Angola. (…) Eu corro perigo de vida em qualquer sítio onde ele tenha controlo”
- “Para além de cidadã angolana, sou cidadã portuguesa e não sinto segurança jurídica para estar em Portugal, porque o Governo português já baixou as orelhas ao governo de João Lourenço”
- sobre o medo de estar em casa do pai “Eu não estou em Barcelona, estou em Espanha, perto da residência. (…) Eu temia por estar nas mãos de pessoas que são subordinados diretos de alguém que persegue.”
- sobre se Isabel dos Santos vai ao funeral “Olhe, eu não sei, de certeza absoluta que não, a menos que cometa o grande erro de chegar a algum tipo de acordo. (…) Se ela for, vai ser vista como uma grande traidora.”
- questionada sobre se tem receio de estar a ter uma atitude mais egoísta por não permitir que o povo se possa despedir de José Eduardo dos Santos “O povo angolano está a pedir que os filhos não entreguem o corpo. O povo de Angola está a sentir-se humilhado.”
- questionada sobre se João Lourenço ganhar as eleições, o que fará ao corpo do seu pai “Eu posso esperar.”
- questionada se foi beneficiada “Neste momento, o governo de Angola deve-me uma indemnização brutal. Tudo o que eu fiz em Angola foi proveitoso e beneficiou o Estado”.
- “O Estado português também me deve uma indemnização e vai pagar uma indemnização porque também tem estado a difamar através dos seus tribunais.”
IN CNN