Saturday Novembro 23, 2024
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CAZENGA: APARTAMENTOS DA CENTRALIDADE KALAWENDA OCUPADOS A CADA DIA QUE PASSA SOBRE O SILÊNCIO DO MINISTERIO DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO.

Na sequência do trabalho investigativo levado a cabo pela Rádio Casimiro, sobre a ocupação dos apartamentos na Centralidade Kalawenda, no Município do Cazenga, novas revelações dão conta que a maior parte dos edifícios, se não mesmo todos, estão ocupados quase 97%, faltando num cálculo muito prático que lhe damos a saber, em média 2 apartamentos por se prencher nos mais de 20 edifícios que compõem esta urbanização.

Os despejos realizados na passada quinta-feira, 7 de Março, protagonizados pelo Instituto Nacional de Habitação (INH) em colaboração com o Serviço de Investigação Criminal (SIC), às várias famílias em oito apartamentos, e uma vivenda, levantou questionamentos sobre os critérios de atribuição destes bens, por parte do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação (MINOPUH) órgão de tutela, ou até mesmo de funcionários do INH, ou outros que gozando de certas influências, têm poder de aquisição.

Benvinda Santos, de aproximadamente 38 anos, é o nome fictício de uma cidadã cuja identidade não vamos revelar por razões óbvias. Esta, conta que foi uma das primeiras habitantes do seu edifício, instalou-se com o marido e os filhos pouco tempo depois de o antigo Administrador Municipal Tomás Bica, ter entregue formalmente apartamentos a ex moradores das abóboras, na Rua dos Comandos, junto a Administração Distrital do Cazenga.

“Nesta altura aqui ainda haviam vários apartamentos inabitados, pelo menos no meu edifício éramos apenas duas famílias.

Depois deste momento, começamos a assistir uma avalanche de pessoas dias a pós dias, inclusive de noite que vinham aqui para morar, alegando terem comprado alguns deles de pessoas do instituto da habitação” explicou, revelando que já nesta altura as vivendas estavam todas já ocupadas, embora uns não habitados, mas tinham donos, garantiu a nossa fonte.

A Urbanização Kalawenda para todos os efeitos foi concebida para alojar famílias no Cazenga, que vivem em zonas de risco. Mas estão a ser ocupada principalmente por pessoas alheias às estas necessidades.

A Rádio Casimiro sabe que muitos jovens do município aguardam ainda por uma oportunidade para aquisição de moradia ou apartamento nesta urbanização, mas precisam primeiro de encontrar a pessoa certa para poder vender ou facilitar no processo.

Repórter Delgado Teixeira

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