HÉLDER SILVA: “NÃO HÁ CONCURSO DIRECTAMENTE AO NOBEL”

 inventor angolano, Hélder Silva, explicou, esta segunda-feira, que “não há concurso directamente ao Nobel”, mas a sua pesquisa dá-lhe a hipótese de “ser nomeado”.

Hélder Silva afirmou que para ser nomeado para o Nobel e se possível garantir a vitória final é necessário publicar o máximo possível em universidades e países credíveis.

“Aquilo é uma burocracia total. Vamos fazer demonstrações ao mundo todo, isso não quer dizer que estejamos nomeados para o Nobel”.

O pesquisador referiu que a concorrência ao prémio depende da publicação e da divulgação do trabalho, uma vez que há outros candidatos em busca de serem notados pela organização.

“O Nobel vai avaliando investigações e em função daquilo que achar proeminente em relação à novidade e à circunstância é primeiro nomeado o candidato e depois é que se vê o vencedor”, clarificou.

“Temos é que tornar o nosso equipamento e a nossa demonstração mais pública possível a nível internacional, essa é tal candidatura que se faz”, reforçou.

Processo de selecção do Nobel

De acordo com o site do Prémio Nobel, “a nomeação para o Nobel de Física acontece apenas por convite. Ninguém se pode autonomear.”

“Os nomes dos candidatos e outras informações acerca das nomeações só podem ser revelados depois de 50 anos”. 

Pode ler-se, igualmente, que o Comité Nobel de Física envia formulários confidenciais a pessoas que são incumbidas e qualificadas de fazer as nomeações.  

Pesquisa

A descoberta do pesquisador angolano resulta de uma injecção de um campo magnético residual que com a ajuda desse campo anula o outro pólo. 

Hélder Silva referiu que houve um contacto não oficial com representantes do Nobel, na Alemanha, onde fez a demonstração do equipamento que vai corrigir alguns conceitos da física em relação ao electromagnetismo.

“Na Alemanha demonstrei o equipamento, e eles estiveram lá, não foi um contacto oficial, mas passaram por lá, tomaram conhecimento de forma não oficial. Teremos agora é de ter condições, isso tem os seus custos, as suas exigências, de fazermos demonstrações a nível do mundo em que contrariamos os conceitos do Paul Dirac, o físico inglês com dois prémios Nobel, que tentou elaborar, mas que foi inconclusivo porque não teve matéria para fazer e fizemos nós”.

O inventor, também, esclareceu que “o conceito normal sobre electromagnetismo, sobre a indivisibilidade do campo magnético, tem que ter sempre duas polaridades, o pólo norte e o pólo sul” e que “é preciso haver um campo magnético num só pólo para justificar o movimento perpétuo dos planetas”, todavia através de muita investigação conseguiu produzir “um campo magnético na prática com uma só polaridade”.

Com este procedimento, disse que se pode provar o sentido de orientação dos campos e a razão pela qual os planetas se deslocam continuamente.

Prémio Nobel

O químico sueco Alfred Nobel fez a sua fortuna graças à invenção da dinamite. 

Deixou instruções antes de morrer para que o capital fosse investido na criação de um fundo destinado a premiar anualmente aqueles que tivessem contribuído para o benefício da humanidade. 

A primeira vez que o Prémio Nobel de Física foi atribuído ocorreu, em 1901, pela descoberta dos Raios-X, por parte do alemão Wihelm Conrad Röntgen.

A Academia Real das Ciências da Suécia é responsável por seleccionar os pesquisadores que melhor se destacaram na produção de conhecimentos inovadores no domínio da física. 

Os vencedores do prémio Nobel ganham uma medalha de ouro de 18 quilates e um diploma da fundação, entregue pelo rei da Suécia, no dia 10 de Dezembro, data de aniversário da morte do criador do galardão.