“TIREM AS MÃOS DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO! TIREM AS MÃOS DE ÁFRICA!”, FORAM OS APELOS DO PAPA FRANCISCO
O Papa Francisco chegou na cidade de Kinsha capital da República Democrática do Congo (RDC) na Terça-feira 31-01-2023, para uma visita apostólica a um dos mais problemáticos países do continente e onde a comunidade católica, a larga maioria dos 90 milhões de congoleses, se mostra cada vez mais nervosa e preocupada com o avanço do islamismo radical e da violência armada no leste.
Esta visita de Francisco ao continente africano vai abranger, ao longo de sete dias, dois dos mais problemáticos países africanos, a RDC e o Sudão do Sul, com maiorias católicas entre as suas populações, apesar do avanço fortificado das religiões e seitas cristãs evangélicas e do islão, por vezes na sua dimensão mais radical, como sucede no leste do Congo, sendo ainda aqueles que atravessam crises humanitárias das mais severas, apesar das imensas riquezas dos seus subsolos.
Esta visita do Sumo Pontífice ao continente africano é, provavelmente, das mais complexas de gerir, devido às fragilidades das instituições do Estado, na RDC devido a décadas de instabilidade político-militar, com milhões de deslocados internos e nos países vizinhos, como, por exemplo, Angola, mas essencialmente no Ruanda e Uganda, e no Sudão do Sul, devido à fase ainda de consolidação do Estado no mais jovem país do mundo, cuja independência teve lugar em 2011, separando-se do Sudão depois de anos a fio de guerra que produziu milhares de mortos e milhões de deslocados.
Agenda e segurança
Para garantir a segurança do Papa, as autoridades congolesas colocaram 7.500 policiais a trabalhar 24 sobre 24 horas, para que, quando este chegar a Kinshasa, esta terça-feira, às 15:00 locais, mesma hora em Luanda, e durante os três dias que vai estar na RDC, nada ocorra que possa comprometer a sua segurança.
Depois de aterrar na capital congolesa, Francisco vai estar com o Presidente Tshisekedi, depois com grupos da sociedade civil, corpo diplomático e autoridades regionais, proferindo na ocasião um discurso.
Na quarta-feira, o Papa Francisco vai celebrar uma gigantesca missa no aeroporto a capital Ndolo, durante a manhã, e já durante a tarde, estará reunido com vítimas da violência no leste da RDC e ainda com grupos e organizações sociais, proferindo outro discurso.
Os jovens e catequistas católicos vão estar com o Sumo Pontífice na quinta-feira, pela manhã, à tarde com padres e freiras no país, e no dia seguinte, sexta-feira, último dia da visita ao país, o chefe da igreja católica vai estar com os bispos congoleses da CENCO.