“UM SACERDOTE NÃO PODE CONTINUAR A SER SACERDOTE SE FOR UM ABUSADOR”: PAPA FRANCISCO COM “TOLERÂNCIA ZERO” PARA ABUSOS SEXUAIS NA IGREJA
Sem se referir ao caso concreto português – numa altura em que foi revelado que o cardeal patriarca Manuel Clemente não comunicou às autoridades uma denúncia -, o Papa sublinhou que “ainda bem” que agora os casos são conhecidos. Entrevista exclusiva TVI/CNN Portugal a Francisco para ver esta segunda-feira à noite na íntegra.
“Uma monstruosidade.” É assim que o Papa Francisco vê os abusos sexuais praticados por membros da igreja católica. E ainda que veja uma “cultura abusadora” generalizada na sociedade – nos filmes pornográficos, no seio das famílias – e que recuse relacioná-los com o celibato dos padres, garante ser “responsável de que não volte a acontecer”.
“Um sacerdote não pode continuar a ser sacerdote se é abusador. Não pode. Porque é doente ou um criminoso, não sei. O sacerdote existe para encaminhar os homens para Deus e não para destruir os homens em nome de Deus. Tolerância zero. E tem de continuar a ser assim”, afirmou, em entrevista à TVI/CNN Portugal.
Sem se referir ao caso concreto português – numa altura em que a Comissão Independente criada pela igreja recolhe denúncias de abusos sexuais e em que foi revelado que o cardeal patriarca Manuel Clemente não comunicou às autoridades uma denúncia -, o Papa Francisco sublinhou que “ainda bem” que agora os casos são conhecidos.
“Mas o que não se sabe, porque ainda se esconde, é o abuso no seio da família. Não me lembro bem da percentagem, mas penso que são 42% ou 46% dos abusos que ocorrem na família ou no bairro. E isso esconde-se”, completou.
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